Antes de entrar no conteúdo em si iremos introduzir o que será abordado no texto, para que você leitor, possa garantir que seu interesse de conhecimento possa ser atendido. Nesta resenha do artigo “What Coronavirus Could Mean for the Global Economy” ou “O que o Coronavírus Pode Representar Para a Economia Global”, de Philipp Carlsson-Szlezak , Martin Reeves e Paul Swartz, será colocado de forma técnica o que está ocorrendo na economia global, as opções do que pode ocorrer apresentadas de forma sistemática, o que provavelmente deve ocorrer com base em uma perspectiva histórica e na opinião dos autores, as sugestões para lidar com os riscos econômicos inerentes ao processo e ao final procurarei fazer as minhas considerações tendo em vista o caso brasileiro.
Diante do acima exposto acreditamos que você poderá tomar uma melhor decisão quanto ao seu futuro, seja concordando ou não com ele, munido de mais informações a respeito da crise provocada pelo Coronavírus (COVID-19), seja em assuntos relacionados ao mercado de trabalho ou a sua empresa. Apresentação realizada, vamos ao texto.
Sinalizando que até o momento, o mercado financeiro não apresentou problemas de fundos e nem de financiamento, que uma em cada três quedas de mercado nos EUA não se transformam em recessão e que quedas no mercado não devem ser automaticamente associadas a um quadro de recessão em sim.
A primeira delas relacionada a desequilíbrios no mercado financeiro como bolhas e afins, a segunda vinculadas a movimentos incorretos do Governo como Bancos Centrais alterando a taxa de juro fora do que é considerado ideial e a última delas relacionada a choques de oferta ou demanda na economia real, esta última é caso mais próximo do Coronavírus (COVID-19). O ponto positivo é que as recessões associadas a economia real podem ser consideradas menos nocivas e graves que a maioria das recessões associadas a fatores políticos ou financeiros, pois apesar de representarem choques de oferta/demanda graves, são transitórios em sua essência.
Exemplos estes que tramitem otimismo em relação a retomada em ˜V” como os casos da SARS, a gripe H3N2 de 1968 (“Hong Kong”), 1958 H2N2(“Asiática”) e gripe espanhola de 1918:
Fonte: BCG Centro de Análise Macroeconômica.
Apesar do otimismo quando a retomada em “V”, acredita-se que o Coronavírus (COVID-19) pode deixar algumas consequências duradouras como o impulsionamento do mercado eletrônico, rastreamento de pessoas para fins de saúde pública, acelerará o progresso para cadeias de valor mais descentralizadas globalmente e criará ramificações ou mudanças políticas ao colocar a prova a capacidade dos sistemas políticos protegerem suas populações.
Ao final do artigo os autores sugerem medidas que os lideres deveriam fazer em relação ao risco econômico:
Finalizamos aqui as colocações diretamente ligadas ao artigo, iremos agora fazer uma breve analogia em relação ao caso brasileiro.
Apesar das críticas quanto a demora que ocorreu para o Governo desenvolver e efetivar as medidas emergências destinadas a amenizar os efeitos econômicos provenientes do Coronavírus (COVID-19), a maioria delas seguiram as diretrizes passadas pelo FMI e seguem uma certa linhas de raciocínio a nível internacional.
Hoje está em torno de uma retração de 3% onde a maioria das empresas estão com uma produção reduzida, quando não paradas, e estamos entrando na cume da queda, devendo essa situação se prolongar até fim de julho, quando deverá se reiniciar gradualmente a normalidade social. Desta forma temos o mês de março de entrada na queda do produto, o mês de maio e julho de cume e o mês de julho deverá reiniciar a retomada gradual do produto, a questão é: Como deverá ser a retomada da economia brasileira? Em “V”, “U”ou em “L”?
Respondendo de forma objetiva, acreditamos que isto dependerá significativamente do programa de estímulo da economia do Governo o “Pró-Brasil”. Colocamos este ponto partindo do pressuposto que o dolar está favorável as exportações (acima de R$ 5,00), a maioria dos países mais relevantes para o Brasil em termos de comércio exterior entraram no pico da Pandemia antes e devem sair antes também, ou seja, a demanda dos mesmos deve estar em fase mais avançada do que a retomada da oferta brasileira.
Até o momento é a mola propulsora do programa de estímulo do “Pró-Brasil”, ou seja, o programa terá como base os Gastos do Governo ou a atração do capital privado?
Acreditamos que tendo como base os Gastos do Governo a probabilidade de uma retomada em “V” é mais elevada, favorecendo as expectativas dos agentes econômicos, dando maior segurança e garantindo uma efetividade ao programa em um momento tão necessário para o país.
Em contrapartida, caso o programa tenha como base apenas a atração do capital privado, acreditamos que é provável que a retomada seja em “L” ou “U”, pois em um cenário recessivo e ainda cheio de incertezas entendemos que não será fácil atrair capital privado, reduzindo as expectativas dos agentes econômicos, a segurança do programa e a efetividade do mesmo, já que só ocorrerá a depender do sucesso em atrair o capital privado.
Portanto acreditamos que o Governo terá de, no mínimo, abrir mão temporariamente da estratégia de atrair capital privado como mola propulsora da fase inicial do programa “Pró-Brasil”.
Sobre o preço de aprofundar e prolongar os efeitos da crise nas perspectivas econômicas e sociais, podendo posteriormente aprofundar-se na estratégia pretendida de ter como base para o programa o capital privado. Tendo o Governo o papel de indutor e regulador.
Desta forma acreditamos que o Governo está realizando todos os esforços para amenizar os efeitos da crise promovida pelo COVID-19, onde teve de abrir mão da meta fiscal e provavelmente terá de abrir mão por mais um tempo, caso queira garantir uma retomada em “V” da economia brasileira. Já que provalmente não será fácil atrair capital privado em um cenário recessivo e incerto para o programa de estímulo do Governo intitulado “Pró-Brasil”.
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Elaboração: Matheus Diniz.
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